4.1.13

6 VERDADES SOBRE INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

O que você precisa saber sobre o mal que pode estragar o prazer de uma boa refeição 

1. O PROBLEMA PODE SER CONFUNDIDO COM ALERGIA
Reações físicas à comida são comuns. Quase sempre trata-se de intolerância e não de alergia. Mas, como têm sintomas semelhantes, há confusão entre os males, o que pode atrasar o diagnóstico. Alergia é a resposta imunológica do organismo ao reconhecer algo que julga prejudicial e digno de combate. A intensidade independe da quantidade de substância "inimiga" ingerida. Resulta em coceira na pele, na garganta e nos olhos e edema (inchaço) no rosto, entre outros sintomas. Já a intolerância, segundo a médica Ariana Yang, do Ambulatório de Alergia Alimentar do Hospital das Clínicas de São Paulo, é a incapacidade de metabolizar um alimento por deficiência ou ausência da enzima necessária para isso. Nesse caso, quanto mais comer o que faz mal, pior.

2. NÃO SE TRATA DE UMA DOENÇA GRAVE
Diferentemente da alergia, que pode levar a reações sérias e fatais - a exemplo do edema de glote, edema que faz cessar a respiração, a intolerância não é perigosa. Causa desconfortos digestivos, como cólicas, gases, diarreias e náuseas. Os sintomas podem surgir horas ou até dias após o consumo da substância intolerada. A intensidade do quadro depende não só da quantidade ingerida do alimento desencadeador como de quanto da enzima essencial para sua digestão a pessoa produz. Se o foco do problema é eliminado da dieta, os incômodos somem. "Já os danos causados por alergias demoram a desaparecer", diz o gastroenterologista Jaime Zaladek Gil, do paulistano Hospital Albert Einstein.

3. EM ALGUNS MOMENTOS TODOS VÃO TER
A hipersensibilidade à lactose, causada por uma baixa de lactase (enzima essencial para o processamento do açúcar do leite), é a intolerância mais comum. Segundo estimativas brasileiras, ela atinge quase 70% das pessoas em alguns momentos da vida. Mas um grupo de especialistas vai além e defende que, em graus diferentes, todo mundo apresenta alguma reação alimentar adversa pelo menos uma vez na vida. "A intolerância é uma predisposição individual", define a médica Ariana Yang. Em quem já tem a tendência, o consumo excessivo de certo alimento pode dificultar a digestão, gerando um episódio. Outros fatores, no entanto, podem tornar a pessoa intolerante. De acordo com o gastroenterologista Jaime Gil, existe o risco de infecções ou cirurgias que encurtam o intestino fazerem o corpo perder a capacidade de absorver determinada substância.

4. DÁ PARA COMER O QUE CAUSA A INTOLERÂNCIA
Se na alergia é essencial banir da mesa o agente causador, em quase todas as intolerâncias é possível mantê-lo no menu em pequenas porções, sem desconforto. Para tanto, é preciso descobrir, usando o método de tentativo e erro, o limiar de aceitação do organismo e evite ultrapassá-lo. A exceção é a intolerância ao glúten, presente em pães, biscoitos, macarrão e outras massas à base de trigo. Aí a restrição total é obrigatória, pois o consumo dessa proteína por quem não a digere bem pode causar câncer de intestino. Já quem tem intolerância à lactose conta com cápsulas para repor a enzima lactase. "A proposta não é ingerir todo dia, mas dar à pessoa a chance de consumir lactose de vez em quando", explica Ariana Yang.

5. O LEITE NÃO É O ÚNICO VILÃO
A mais comum de todas as hipersensibilidades, a intolerância à lactose, normalmente não se manifesta logo no começo da vida, quando o organismo produz em quantidade adequada a enzima necessária para metabolizar esse açúcar. É mais frequente que o corpo perca depois, progressivamente, a capacidade de produzir lactase e os desconfortos comecem a surgir. Isso pode ocorrer ainda na infância ou só na fase adulta. Mas o leite não é o único vilão nessa seara. Nem o glúten. Os sulfitos (substâncias conservantes usadas nos vinhos), as tiraminas, presentes em queijos e chocolates, e os corantes são fontes frequentes de intolerância. E, relembrando, qualquer alimento consumido em excesso pode provocar mal-estar no sistema digestivo. "O intestino é uma verdadeira barreira imunológica", afirma a nutricionista funcional Daniela Jobst, de São Paulo.

6. É POSSÍVEL PASSAR ANOS SEM UM DIAGNÓSTICO
Como os sintomas podem ser vagos e nem sempre são contínuos, há quem passe anos- ou até a vida inteira- sem descobrir a causa de desconfortos gastrointestinais, segundo a alergista Ariana. Ao desconfiar que é intolerante a algo, pesquise, com base em observação e testes, se existem comidas específicas que disparam os sintomas. Em seguida, procure um médico para obter um diagnóstico preciso. Manter um diário alimentar vai ajudá-lo a fazer sua parte. Com as anotações será fácil identificar o que as refeições dos dias em que a indisposição surge têm em comum. Outra maneira eficiente de achar o que faz mal é, aos poucos, excluir os alimentos suspeitos da dieta até se livrar do mal-estar. Depois, reintroduza-os, 1 a 1, para se certificar em qual deles acende a luz vermelha. "Com a intolerância controlada, o intestino se regulariza, o humor e o sono melhoram, as doenças respiratórias somem e as dores de cabeça ficam menos frequentes", afirma a nutricionista Daniela.      

Um comentário:

  1. Olá Marcia, td bom? Meu nome é Mariana.
    Estou comentando neste post pois é o mais recente e acredito que os outros vc não vá mais visualizar os comentários.
    Bem, venho agradecer de coração a vc, pelo seu post sobre enxaqueca, mudou minha percepção da minha doença. Vou fazer 23 anos e tenho enxaqueca desde os 12, fiz any exames, de neurologistas a psicólogos, tudo. Anos a base de sandomigram que era o único remédio que me controlava ao ponto de eu dormir um pouco. Porém, meu problema sempre está relacionado com os estudos, e curso a faculdade de veterinária e não conseguia mais ir para as minhas aulas e chegou ao ponto de eu usar óculo escuros a noite para ver tv ou sair de casa.
    E graças a Deus eu tenho um namorado com paciência para aturar dois meses inteiros de crise. Mas eu tinha me dado bem com um tratamento que eu estava fazendo com o Dr. Luiz Gustavo, um neurologista maravilhoso e o único em 10 anos que me atendeu e não menosprezou meu problema. E ele me passou o tratamento com Topiramato, mas qnd a dose aumentou eu tornei a piorar. E como não pude mais voltar nele por causa do trabalho que estava, suspendi o remédio para não inventar de me automedicar. Mas até aí tudo bem, passei 3 meses sem dor de cabeça pesada, só a rotineira mesma (infelizmente). Foi quando eu larguei o trabalho e voltei para a faculdade e o inferno voltou. Um dia de aula e uma semana sem ir, marquei a consulta e Dr. Luiz me passou topiramato e mais um para me ajudar a dormir. (Tb tenho insônia)
    Foi aí que achei seu blog, pq eu sei o quanto a medicina nos ajuda, mas eu acho que o que pudermos fazer sem medicamentos melhor. Então procurei coisas naturais no google, e li sua matéria. Demorei 4 dias para ler devido a dor, mas no quarto dia, fiquei chocada, tudo correspondeu, principalmente a constipação.
    E desde lá estou tentando seguir muitas coisas, estou juntamente fazendo o tratamento, mas pretendo ficar sem ele um dia.
    Agradeço muito mesmo. Pretendo ler todo o seu blog.
    E que vc siga assim, iluminando vidas, como iluminou a minha.
    Obrigada, Mariana.

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